segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

"A Morte É Uma Flor. Poemas do Espólio", de Paul Celan

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A poesia de Paul Celan, a que agora chego após a leitura esparsa de alguns poemas, foi-me recomendada ao longo dos anos em diferentes contextos por diferentes pessoas. Por um motivo ou outro, fui adiando este autor e a sua obra. Mas, como é usual dizer-se, mais vale tarde que nunca.
Talvez A Morte É Uma Flor. Poemas do Espólio não seja a mais recomendável para iniciar a descoberta da poesia de Paul Celan, por se tratar de uma antologia de poemas retirados do seu espólio não publicado. Nas páginas deste volume encontramos poemas que o autor não tencionava publicar (rejeitados por não obedecerem aos seus critérios estéticos ou, em alguns casos, por serem demasiado pessoais), poemas não concluídos, fragmentos somente iniciados e posteriormente abandonados.
Nesta seleta, que talvez, repita-se, não faça total justiça ao autor, li alguns poemas verdadeiramente impressionantes, como é o caso do que dá nome ao livro (cujo primeiro verso é «A morte é uma flor que só se abre uma vez»), ou aquele - denominado "Grão-de-Lobo" - em que o poema se reporta à morte dos pais num campo de trabalho nazi. Na minha leitura destes poemas, frequentemente obscuros (o seu sentido oferece resistência à apreensão), não pude deixar de sentir uma certa tensão trágica, e mesmo, especialmente em alguns versos, uma propensão para o sombrio. Encontrando-me a ler outras páginas (prosa) de Celan, tentarei em breve prosseguir na descoberta da sua poesia.

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