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Seguramente que "Dublinesca", de Enrique Vila-Matas, não é um dos livros mais interessantes que li do autor. Falta de imaginação, como já ouvi outro leitor reclamando? Não diria tanto...
Um dos aspetos que me agrada em Vila-Matas é o facto de introduzir frequentes menções a livros e autores - julgo ser simpático ver as referências literárias do autor (ainda que em Vila-Matas, dada a abundância de referências, haja sempre a possibilidade de algumas o serem apenas dos personagens, e não necessariamente do autor). Neste "Dublinesca, contudo, não consegui ser cativado, nem pela escrita (esta, em certos momentos, aproxima-se demasiado da alienação - ou mesmo loucura, delírio - em que vive o personagem principal), nem pela história (a de um ex-editor literário em crise - julgo não ser forçado empregar o termo "existencial", ainda que também o fosse espiritual -, que empreende uma espécie de fuga para a Dublin de Joyce). Tenho que reconhecer que, especialmente em certas passagens, o romance me pareceu demasiado errático, e as citações a autores excessivas. Um livro que, por isto, dificilmente revisitarei.
Um último comentário: ainda que não saiba se terei a capacidade para o fazer, esta leitura inoculou-me um certo desejo de ler "UIysses", de James Joyce...
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