sexta-feira, 7 de junho de 2013

"Ver a Voz, Ler o Rosto. Uma polaróide de Herberto Helder", de Diana Pimentel

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Não é, para mim, muito frequente ler trabalhos de exegese literária. A leitura de "Ver a Voz, Ler o Rosto. Uma polaróide de Herberto Helder", de Diana Pimentel, tratou-se, portanto, de uma exceção, que se deveu a um quase choque acidental com o livro, enquanto procurava um outro ("Ouolof") na biblioteca pública.
Neste texto a autora debruça-se sobre duas obras de Herberto Helder: "Apresentação do Rosto", obra que o autor viria a enjeitar e que poucos terão tido a oportunidade de ler, e "Photomaton & Vox", uma miscelânea de textos poéticos (?), autobiográficos (?), ensaísticos (?). Grosso modo, pode dizer-se que este livro reflete sobre o processo herbertiano de criação literária (talvez parte da originalidade da obra de Herberto Helder assente na originalidade do seu processo de escrita).
"Ver a Voz, Ler o Rosto" não é um texto fácil - pelo contrário, a escrita é algo densa, em parte devido ao caráter abstrato de alguns dos seus conceitos e ideias de base (mas julgo que também por opção da própria autora, que talvez tenha procurado assim, pela complexificação da linguagem, chegar mais perto do universo complexo ou mesmo obscuro de H. Helder). De qualquer modo, é um texto que convida a ler os escritos do autor madeirense com outra profundidade.

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