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Gosto de ler os chamados "clássicos" (a sua leitura é muitas vezes essencial para compreender a literatura e a cultura que se manifestou após a sua publicação). "O Príncipe", de Maquiavel, escrito em inícios do século XVI, é, conjuntamente com outros títulos (destacaria "Elogio da Loucura", de Erasmo de Roterdão, e "A Utopia", de Tomás Morus), um texto obrigatório do Renascimento.
Este é, seguramente, um texto complexo, passível de várias (e por vezes contraditórias) interpretações, mas há sempre que considerar o contexto (nomeadamente político, tendo em conta a realidade italiana, mas também cultural) em que foi escrito (pense-se, por exemplo, na defesa que o autor faz do uso da crueldade em certas situações, aspeto que tem que ser enquadrado no seu tempo). Nas suas páginas fala-se do exercício do poder pelo príncipe (como consolidar o seu poder e como o manter; como triunfar sobre os seus inimigos), apresentando diferentes modelos e suportando-se em exemplos da história clássica mas também da história sua contemporânea (considere-se, por exemplo, a admiração expressa pelo filho do papa Alexandre VI, César Bórgia, referido como modelo do governante astucioso, disposto a usar todos os meios ao seu alcance para triunfar). O governante, de acordo com esta obra de Maquiavel, deve comportar-se de uma forma inteligente na condução do Estado, colocando os interesses deste em cima dos próprios.
Quem o ler, numa perspetiva culta, contextualizada e não literal, encontrará certamente as razões que transformam esta obra num "clássico".
Este é, seguramente, um texto complexo, passível de várias (e por vezes contraditórias) interpretações, mas há sempre que considerar o contexto (nomeadamente político, tendo em conta a realidade italiana, mas também cultural) em que foi escrito (pense-se, por exemplo, na defesa que o autor faz do uso da crueldade em certas situações, aspeto que tem que ser enquadrado no seu tempo). Nas suas páginas fala-se do exercício do poder pelo príncipe (como consolidar o seu poder e como o manter; como triunfar sobre os seus inimigos), apresentando diferentes modelos e suportando-se em exemplos da história clássica mas também da história sua contemporânea (considere-se, por exemplo, a admiração expressa pelo filho do papa Alexandre VI, César Bórgia, referido como modelo do governante astucioso, disposto a usar todos os meios ao seu alcance para triunfar). O governante, de acordo com esta obra de Maquiavel, deve comportar-se de uma forma inteligente na condução do Estado, colocando os interesses deste em cima dos próprios.
Quem o ler, numa perspetiva culta, contextualizada e não literal, encontrará certamente as razões que transformam esta obra num "clássico".
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