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Não sendo eu um fervoroso leitor de contos, também não tenho uma especial antipatia por estas histórias curtas quando cativantes. Desta feita, após ter bebido - não sei bem onde - algumas referências positivas a este autor uruguaio, Horario Quiroga, e influenciado pelo título desta coleta, decidi-me ler estes Contos de Amor, Loucura e Morte.
O que dizer sobre este livro? Antes de mais que vi confirmada a "prometida" boa escrita de Quiroga - trata-se de uma escrita ponderada mas elegante. Porém, no que me diz respeito, julgo que lhe falta alguma intensidade. Contos há que, pelo título, chegamos diretamente ao conteúdo; bem sei (e até defendo isso em muitas situações) que a forma - isto é, a escrita em si mesma - pode justificar a beleza de um texto, mas nestes contos (em que o amor, a doença, a morte andam, na verdade, sempre presentes) não consegui vislumbrar nada de especialmente fascinante. Não fiquei, assim, particularmente impressionado - como, por exemplo, aconteceu há uns meses com os contos de Giovanni Papini.
Destaco, ainda assim, alguns contos, que me agradaram mais que os restantes: "A galinha degolada", que combina a idiotia com um certo fatalismo; "O nosso primeiro cigarro", que tem o mérito de mostrar o caráter indomável e orgulhoso de um rapaz de oito anos; e "A meningite e a sua sombra", que me fez lembrar sobremaneira (ao ponto de sentir uma espécie de déjà vu, perdoem-me o estrangeirismo) o episódio dos sonos delirantes de Amália, em Senilidade, de Italo Svevo.
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