sexta-feira, 19 de setembro de 2014

"Senilidade", de Italo Svevo

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Italo Svevo é, quase certamente, a minha descoberta literária deste ano. Após descobrir a (e me apaixonar pela) novela Um Embuste Perfeito, parti para a leitura do seu romance mais aclamado, A Consciência de Zeno; com esta segunda leitura, descobri uma obra (para mim) maior da literatura (ainda que talvez ensobrada por outras mais afamadas) e confirmei ter encontrado um grande autor. O próprio percurso literário de Svevo (um literato que, depois de escrever dois romances ignorados pela crítica, quase desistiu da escrita, encontrando no seu amigo James Joyce o incentivo para produzir mais) talvez contribua para passar um pouco despercebido - ao que sei, o conjunto da sua obra é relativamente curto.
Este Senilidade, apesar de não uma obra tão refinada quanto A Consciência de Zeno, já contém algumas características que me fazem gostar da escrita de Svevo: a elegância, os aspetos psicológicos dos personagens, a descrição da vida da burguesia (e nomeadamente da moral vigente). Trata da paixão (e na sua dificuldade em geri-la) de Emílio Brentani, um escritor ignorado e funcionário de um seguradora, por Angelina Zarri, uma mulher sedutora e promíscua.
Achei este livro bastante bem escrito e, claro está, pretendo ler mais obras de Svevo.

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