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Uma melenque (que é como quem diz pequena) surpresa este A Laranja Mecânica, apesar de já conhecer a história através do magnífico filme de Stanley Kubrick. Em poucas palavras, esta obra - que encerra uma certa matiz distópica - aborda a violência (exercida de forma arbitrária e por prazer por grupos de jovens marginais), roçando também a problemática do castigo, do livre-arbítrio e da instrumentalização política. O humor, porém, anda sempre presente.
Se o filme (que aproveitei para rever) tem uma estética muito própria, que a meu ver potencia o enredo, o livro vai buscar uma certa originalidade pelo emprego de um vocabulário próprio (o "nadescente", a linguagem dos adolescentes). Se tal obriga, de início, a permanentes consultas ao glossário final, o leitor gradualmente assimila a maioria das dezenas de vocábulos. Devo dizer que, na minha perspetiva, a tradução de José Luandino Vieira é excelente.
Para finalizar, julgo que é um livro que termina de uma forma engraçada: se por um lado é um final fechado (o percurso de Alex, o personagem principal e narrador), por outro é um final aberto... É, pois, um horroróico livro...
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