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"Poemas de Amor do Antigo Egipto" é um dos livros de poesia mais belos que possuo, e que revisito de tempos a tempos. Alguns dos versos desta curta mas deliciosa obra encontram-se entre os meus favoritos: «E quando ela entreabre os lábios para beijar / Fico com a cabeça leve, fico ébrio sem cerveja», ou «Com os seus braços à minha volta / Sinto-me como se pertencesse ao faraó».
São versos com mais de três mil anos, mas que nos mostram que há aspetos da vida humana que permanecem mais ou menos imutáveis. Leia-se, a título de exemplo, o poema que se segue:
Andar a mergulhar e a nadar aqui contigo
Dá-me a oportunidade de que eu estava à espera:
Mostrar os meus atributos
Ante olhar apreciador.
O meu fato de banho do melhor material,
De tecido puro,
Agora que ficou molhado
Vê-lhe a transparência,
Como está colado ao meu corpo.
Tenho de admitir que te acho atraente,
Afasto-me a nadar mas logo venho para trás,
A chapinhar, com conversas,
Só desculpas para ter a tua companhia.
Olha! Um peixe doirado a brilhar entre os meus dedos!
Vê-lo-ás melhor
Se te chegares para aqui,
Para o pé de mim.
A quem possa interessar, alguns poemas deste livro podem ser lidos em: http://poemapossivel.blogspot.pt (pesquise-se por "Antigo Egipto" - o título do livro utiliza a grafia pré-acordo).
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