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O Legado de Wilt, publicado originalmente em 2010, é o quinto e último livro da série dedicada a Wilt. Tal como sentira ao ler Wilt em Parte Incerta, há cerca de meio ano, este episódio final está longe de ter o interesse e a graça do volume original. Ainda assim é um livro que se lê com algum (muito moderado) agrado - quase se poderia dizer, mesmo que não acredite na existência de tal, tratar-se de um livro apropriado para ler na praia (digo-o por ser uma leitura pouco ou nada exigente, leve, embora sem grande assunto) - certo: talvez este epíteto não constitua a melhor referência...
Nesta aventura, Wilt vê-se - graças ao esforços da sua voluntariosa, autoritária e histérica mulher - a braços com a hercúlea tarefa de, durante as férias de verão, dar explicações a um jovem aristocrata, medíocre em tudo exceto na destruição. Durante a sua estadia na propriedade da família Gadsley, as confusões e situações patéticas vão-se sucedendo... O romance desenvolve-se, porém, de uma forma bastante amena, pelo menos até cerca de três quartos do volume; aí o humor degrada-se: de morninho (e por vezes algo infantil) passa a exagerado, incongruente, desastrado... Enfim, julgo que com oitenta anos seja difícil ter-se um humor fresco...
Várias são as referências à aventura anterior (o já referido Wilt em Parte Incerta), mas também a Porterhouse, esse ficcional colégio de Cambridge (cenário de outro livro do autor). Como aspeto positivo ressalto a forma mordaz como Sharpe caracteriza tanto a aristocracia como o casamento, aspetos presentes nos outros livros que conheço...
A capa do livro (e o mesmo se passa com as dos restante volumes publicados pela editora), ainda que eventualmente engraçada e chamativa, acaba por revelar demasiado sobre alguns dos episódios do mesmo, o que era a meu ver evitável...
Nesta aventura, Wilt vê-se - graças ao esforços da sua voluntariosa, autoritária e histérica mulher - a braços com a hercúlea tarefa de, durante as férias de verão, dar explicações a um jovem aristocrata, medíocre em tudo exceto na destruição. Durante a sua estadia na propriedade da família Gadsley, as confusões e situações patéticas vão-se sucedendo... O romance desenvolve-se, porém, de uma forma bastante amena, pelo menos até cerca de três quartos do volume; aí o humor degrada-se: de morninho (e por vezes algo infantil) passa a exagerado, incongruente, desastrado... Enfim, julgo que com oitenta anos seja difícil ter-se um humor fresco...
Várias são as referências à aventura anterior (o já referido Wilt em Parte Incerta), mas também a Porterhouse, esse ficcional colégio de Cambridge (cenário de outro livro do autor). Como aspeto positivo ressalto a forma mordaz como Sharpe caracteriza tanto a aristocracia como o casamento, aspetos presentes nos outros livros que conheço...
A capa do livro (e o mesmo se passa com as dos restante volumes publicados pela editora), ainda que eventualmente engraçada e chamativa, acaba por revelar demasiado sobre alguns dos episódios do mesmo, o que era a meu ver evitável...
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