terça-feira, 10 de janeiro de 2017

"O Leviatã", de Joseph Roth

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Como cheguei a este livro? Sei que foi através de algum dos livros lidos no último ano (e até desconfio de dois ou três), mas não me recordo da referência exata; tomei nota do título e do autor para uma (se possível) leitura futura, e passaram-se meses até me decidir procurá-lo na biblioteca local. Constava do catálogo e, com a cota na mão, lá consegui resgatá-lo do depósito.
Comecei a lê-lo no mesmo dia em que o requisitei, acabando-o no dia seguinte. A obra trata, de certa forma, da persistência e perseguição do sonho (ou ilusão), mas também do declínio que muitas vezes se lhe segue. Nissen Piczenik, comerciante judeu de corais, conduzia - apesar do seu analfabetismo e ideias fantasiosas sobre o mar e os corais - um negócio próspero num pequeno vilarejo; quando, por fim, sai da sua terra e contacta com o mar, não só começa a perder a objetividade como se deixa seduzir pela possibilidade de vender corais artificiais... Mas o declínio não tarda.
A escrita de Roth é relativamente precisa e direta, sem grandes floreados, mas ainda assim conseguindo manter um certo tom fantasioso (que anda, evidentemente, ligado ao sonho). Esta curta novela conseguiu, de facto, encantar-me pela sua singeleza, leveza, mas também pelo seu caráter algo trágico.

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