terça-feira, 27 de dezembro de 2016

(2016: balanço de um ano de leituras)

À partida, o presente ano afigurava-se mais complicado relativamente ao tempo disponível para ler: era quase certo que o volume de leituras seria menor. Assim, de facto, aconteceu, sem que, no entanto, se fizessem piores leituras.Optei por ler alguns livros mais "leves" (e curtos) - dentro do policial, do suspense, da espionagem -, mas não deixei de ler o que bem me apeteceu.
Dito isto, fazendo o destaque do melhor que li, começo referir as releituras mais estimulantes: Morte em Veneza, de Thomas Mann, Clepsidra, de Camilo Pessanha e Billy Budd, de Herman Melville. Neste conjuntinho vão, de certo maneira, três pérolas da literatura.
Ao nível das grandes descobertas, há dois livros: A Vida e Opiniões de Tristram Shandy, de Laurence Sterne, e Moby Dick, de Herman Melville. Sendo dois livros muito diferentes, fiquei com vontade de voltar a eles - por motivos também eles muito diferentes - mal os terminei. O primeiro é um livro marcante pelo que tem de dadaísmo, de nonsense, de pós-modernidade; o segundo pela excelência da escrita, pelas múltiplas referências culturais.
Também gostei bastante de ler A Montanha Mágica, de Thomas Mann, Herzog, de Saul Bellow e O Ruído do Tempo, de Julian Barnes (que acabei por reler cerca de um mês após a primeira leitura).
Fora do romanesco, refiro dois livros: KL - A História dos Campos de Concentração Nazis, de Nikolaus Wachsmann, uma obra historiográfica absolutamente notável sobre um dos temas a que recorrentemente regresso; e O Valor da Arte, de José Carlos Pereira, pequeno ensaio que aborda de forma inteligente, culta, sofisticada uma questão que, enquanto interessado por arte contemporânea, me intriga.

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