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Depois da intensidade (mas também da complexidade) de Ulisses, de James Joyce, decidi ler algo mais leve: a minha escolha recaiu n' O Cego de Sevilha, de Robert Wilson.
O que posso dizer acerca deste livro? Simplesmente, que não me encantou... Talvez parte do defeito esteja no meu próprio gosto, que tende a olhar mais criticamente os policiais com maiores pretensões romanescas (nas últimas décadas, ao que julgo saber, houve vários autores a tentar elevar o policial ao estatuto de romance, insistindo na qualidade narrativa, da escrita, a par do interesse e intensidade da história).
Nesta obra, o inspetor-chefe da brigada de homicídios de Sevilha tem que investigar as motivações de um assassino múltiplo que, desde a primeira morte, parece obcecado com a ideia de pôr perante a vista de todos (investigadores incluídos) algumas verdades desconhecidas, inquietantes ou mesmo sórdidas do percurso dos assassinados. Ao longo das páginas, vai ficando claro que estes percursos se cruzam perturbadoramente com o do falecido pai do inspetor-chefe, o qual fora um reputado pintor...
O personagem principal é, a meu ver, um dos pontos menos interessantes do livro: o autor caracteriza-o como um homem solitário, ensombrado por fantasmas do passado e a atravessar um período de desequilíbrios emocionais. Suponho que ao caracterizar desta forma o investigador o autor procurou humaniza-lo (mostrando as suas fraquezas, receios, ansiedades); porém, na minha ótica acabou por retirar-lhe carisma. Outro aspeto que me desagradou no livro foram os excertos do diário do pai do investigador. Apesar de pertinentes para a história, acabam por ser algo enfadonhos e tremendamente inverosímeis e demasiado certeiros (isto é, respondem de forma demasiado perfeita às perguntas que vão sendo levantadas) no que narraram...
É certo que não parti com muitas expetativas para a leitura, mas não esperava chegar aos últimos capítulos com tão pouco interesse no desfecho.
[O próximo livro a ler é, também ele, um policial; apenas desejo que seja um pouco mais interessante.]
O que posso dizer acerca deste livro? Simplesmente, que não me encantou... Talvez parte do defeito esteja no meu próprio gosto, que tende a olhar mais criticamente os policiais com maiores pretensões romanescas (nas últimas décadas, ao que julgo saber, houve vários autores a tentar elevar o policial ao estatuto de romance, insistindo na qualidade narrativa, da escrita, a par do interesse e intensidade da história).
Nesta obra, o inspetor-chefe da brigada de homicídios de Sevilha tem que investigar as motivações de um assassino múltiplo que, desde a primeira morte, parece obcecado com a ideia de pôr perante a vista de todos (investigadores incluídos) algumas verdades desconhecidas, inquietantes ou mesmo sórdidas do percurso dos assassinados. Ao longo das páginas, vai ficando claro que estes percursos se cruzam perturbadoramente com o do falecido pai do inspetor-chefe, o qual fora um reputado pintor...
O personagem principal é, a meu ver, um dos pontos menos interessantes do livro: o autor caracteriza-o como um homem solitário, ensombrado por fantasmas do passado e a atravessar um período de desequilíbrios emocionais. Suponho que ao caracterizar desta forma o investigador o autor procurou humaniza-lo (mostrando as suas fraquezas, receios, ansiedades); porém, na minha ótica acabou por retirar-lhe carisma. Outro aspeto que me desagradou no livro foram os excertos do diário do pai do investigador. Apesar de pertinentes para a história, acabam por ser algo enfadonhos e tremendamente inverosímeis e demasiado certeiros (isto é, respondem de forma demasiado perfeita às perguntas que vão sendo levantadas) no que narraram...
É certo que não parti com muitas expetativas para a leitura, mas não esperava chegar aos últimos capítulos com tão pouco interesse no desfecho.
[O próximo livro a ler é, também ele, um policial; apenas desejo que seja um pouco mais interessante.]