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Longe de ser o livro de Tom Sharpe que me agradou mais (dos três que até ao momento li), ainda assim julgo que Wilt em Parte Incerta justifica a leitura. A história pode não ter a acutilância narrativa de Wilt (o primeiro da série de livros centrados nesse personagem), mas o humor de Sharpe está indubitavelmente presente (talvez não tão fresco), pelo que este é um livro que se lê com algum agrado.
Neste livro, o leitor divide a sua atenção entre a viagem a pé e sem rumo de Henry Wilt pela Inglaterra profunda, e a ida aos Estados Unidos da sua mulher, Eva Wilt, e das suas "adoráveis" quadrigémeas. Tipicamente, os vários personagens envolvem-se, por acidente, erro de cálculo ou malícia alheia, em peripécias de tons quase sempre bizarros - que ora ligam as mulheres da família Wilt ao tráfico de droga, ora colocam Henry inconsciente no cenário de um presumível crime.
Ao ler este livro lembrei-me frequentemente da escrita de P. G. Wodehouse (li dois livros deste autor: Época de Acasalamento e O Código dos Wooster): apesar de todas as diferenças de estilo, julgo que têm em comum o modo como criam um novelo cada vez mais emaranhado de peripécias humorísticas... que se entretêm a desemaranhar nas páginas de desenlace.
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