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A escrita de Herberto Helder, para quem conhece a sua poesia, é absolutamente deslumbrante (e única). Nas curtas prosas (contos?) de Os Passos em Volta a força da linguagem deste autor é apreendida logo a partir das primeiras frases («Se eu quisesse, enlouquecia. Sei uma quantidade de histórias terríveis. Vi muita coisa, contaram-me casos extraordinários, eu próprio...»). Muitos outros exemplos poderiam ser fornecidos.
A prosa (tal como a poesia) de Herberto Helder é intensa e muitas vezes atormentada (ainda que não nos possamos esquecer que toda a escrita é um jogo, um artifício). Diz quem o autor conhece que em Os Passos em Volta tropeçamos com aspetos da sua biografia (as suas deambulações pelo Norte da Europa, uma certa marginalidade voluntária, etc.) - mas sendo a vida de Herberto Helder grandemente desconhecida, na medida em que o autor procurou de há quarenta anos a esta parte um apagamento mediático («Meu Deus, faz com que eu seja sempre um poeta obscuro»), é impossível estar totalmente seguro. Independentemente desse ponto, é enquanto obra ficcional que se recomenda este livro.
A prosa (tal como a poesia) de Herberto Helder é intensa e muitas vezes atormentada (ainda que não nos possamos esquecer que toda a escrita é um jogo, um artifício). Diz quem o autor conhece que em Os Passos em Volta tropeçamos com aspetos da sua biografia (as suas deambulações pelo Norte da Europa, uma certa marginalidade voluntária, etc.) - mas sendo a vida de Herberto Helder grandemente desconhecida, na medida em que o autor procurou de há quarenta anos a esta parte um apagamento mediático («Meu Deus, faz com que eu seja sempre um poeta obscuro»), é impossível estar totalmente seguro. Independentemente desse ponto, é enquanto obra ficcional que se recomenda este livro.
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